Gabinete àLupa – Consulmar
LÃÂder nas obras marÃÂtimas e portuárias, a Consulmar é também uma empresa de consultoria de engenharia que possui participações minoritárias em várias empresas, nomeadamente na área do ambiente De olhos postos no mar Quando e como nasceu o gabinete Consulmar? Silveira Ramos (SR): A Consulmar nasceu em 1972, formada por três técnicos. A pessoa mais… Continue reading Gabinete àLupa – Consulmar
Carina Traça
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LÃÂder nas obras marÃÂtimas e portuárias, a Consulmar é também uma empresa de consultoria de engenharia que possui participações minoritárias em várias empresas, nomeadamente na área do ambiente
De olhos postos no mar
Quando e como nasceu o gabinete Consulmar?
Silveira Ramos (SR): A Consulmar nasceu em 1972, formada por três técnicos. A pessoa mais importante, aquando da fundação do gabinete, foi o conhecido professor catedrático de obras marÃÂtimas Vaz Costa. Hoje a empresa mantém as caracterÃÂsticas de ser detida pelos próprios técnicos principais. O nosso percurso assenta numa estratégia de médio prazo que consiste no crescimento a par com outras empresas, com uma expansão não só na ordem de especialidade marÃÂtima mas também em geográfica. Em algumas dessas empresas temos a maioria, mas no geral não. É uma maneira de fomentar a criação de um grupo de empresas interligadas por capitais minoritários.
E qual é a filosofia da Consulmar?
SR: A Consulmar é conhecida no mercado por ser a empresa lÃÂder nas obras marÃÂtimas e portuárias, contudo, não está focalizada apenas nos aspectos de projecto, mas também nos aspectos de consultoria destas áreas alargadas. No que diz respeito àparte costeira, acontece a mesma coisa, porque é, cada vez mais, uma componente da área do ambiente. Desta forma, acabámos por nos expandir para algumas áreas ambientais que não estavam inicialmente no nosso âmbito.
Em que outras áreas é que apostaram?
SR: Por exemplo, na parte do ambiente nós temos uma participação minoritária numa empresa de ambiente, a Nemos. Temos também uma participação minoritária noutra empresa chamada Hidromod, para fazer os estudos hidráulicos. Em Angola, temos participação maioritária, já há 8 anos, naquela que é provavelmente a maior empresa de consultoria do paÃÂs. Chama-se Ambigest e opera na área do ambiente, na área de engenharia e, porque em Angola existem algumas deficiências no mercado temos um departamento importante na área dos próprios levantamentos topo-hidrográficos. Nos Açores participamos em duas empresas: a Normaçores, ligada àparte da gestão, das fiscalizações internas e da organização. Opera com o intuito de ampliar a rede de contactos e a nossa participação é minoritária. Já a Consulmar Açores, especÃÂfica para outro tipo de projectos, é mais do que delegação porque é uma empresa de outro género. Temos maioria de capital, para desenvolvermos projectos no arquipélago e fazê-los entre lá e o Continente, conforme as especializações.
Trabalham unicamente com Angola, em termos internacionais?
SR: Não. Há muitos anos que trabalhamos com os PALOP’s. Temos uma delegação em Moçambique e criámos há poucos meses uma empresa de direito em S. Tomé, designada Consulmé. Procuramos que elas tenham as suas próprias dinâmicas. Além dos PALOP´s, já trabalhámos no Brasil e estamos também concentrados no Magrebe: TunÃÂsia, Argélia e Marrocos.
Quais os projectos em curso neste momento?
SR: Estamos a acompanhar, desde o inÃÂcio, o projecto designado “Portas do Mar” em Ponta Delgada, que consiste na construção de um terminal de cruzeiros, com recreio náutico. Estamos a concluir o plano estratégico do Porto de Lisboa. Estamos no inÃÂcio do projecto da plataforma do Poceirão, que espero que venha a ter continuidade. Estamos a iniciar o trabalho das “Auto-estradas do Mar”. Temos um trabalho fora da nossa área que também tem sido engraçado, que é o desenvolvimento de uma fábrica de biodiesel em Sines. Depois há outro que está a meio, que é o da reconfiguração da Barra do Douro e dos molhes da Barra do Douro. Eu tive o prazer de dirigir este projecto, o qual gostaria que fosse para a frente. Neste âmbito, propusemos instalar uma central de produção de energia com base na força das ondas, algo que se encontra ainda em processo de decisão. E no estrangeiro?
SR: Em Angola nós fazemos de tudo um pouco: fizemos o estudo da totalidade da costa angolana, estamos envolvidos num trabalho, que não sei se vai para a frente ou não, da deslocalização do Porto de Luanda. Em São Tomé ganhámos recentemente (mas ainda não se assinou o contrato) o projecto de expansão do aeroporto de São Tomé. Aqui está mais uma coisa que não é da área marÃÂtimo-portuária.
A nÃÂvel das obras marÃÂtimas em termos de execução de projectos, que tipo de cuidados devem ser tidos em conta?
SR: Um factor essencial em todo o tipo de projectos consiste no seguinte: quem pede tem de saber pedir e quem faz tem de saber fazer. Isto porque julgo que, infelizmente, a fraqueza está, neste momento, em quem pede e não sabe controlar, isso cria depois muita facilidade na selecção e no desenvolvimento de coisas que não são feitas por quem sabe, ou que poderão ser aligeiradas porque quem pede não sabe controlar. Defendo que é preciso caminhar e eu espero que saia alguma legislação, sobre a necessidade de implementar, de uma maneira sistemática, nos projectos principais, a figura da revisão do projecto. Só esse facto já vai fazer com que quem faz tenha mais cautelas do que tem hoje. Portanto eu penso que a implementação da legislação sobre a revisão do projecto vai ser positiva.
Como é que a equipa da Consulmar conjuga o trabalho da arquitectura com a engenharia?
SR:Nos casos mais importantes trabalhamos juntamente com empresas de arquitectura ou arquitectos. Internamente também temos um departamento de arquitectura, mas não esgota as nossas parcerias. Serve para complementar determinadas obras que não têm uma projecção muito grande. Mas quando fazemos trabalhos de outro “fôlego”, fazemo-los em parceria com gabinetes exteriores, por exemplo, o Plano Estratégico do Porto de Lisboa tem uma componente de humanismo que não é nossa, é do arquitecto Bruno Soares. O mesmo acontece em relação ao projecto das Portas do Mar em Ponta Delgada, no qual participa o gabinete de arquitectura Risco, de Manuel Salgado. Eu e a Consulmar defendemos que os projectos devem ser integrados, portanto devem ter arquitectura e engenharia. Nem gosto de referir o “projecto de arquitectura e o projecto de engenharia” porque o objecto deve ter um projecto. Se for uma obra em que não exista arquitectura, está bem, mas a maior parte delas deviam ter arquitectura. Aliás acho os arquitectos pouco ambiciosos desse ponto de vista, porque focaram-se no que se refere aos edifÃÂcios e são pouco intervenientes no que concerne outras obras de infra-estruturas onde eu julgo que a ligação seria vantajosa e deveria ser mais frequente. Portanto a transformação do território devia ser feita com projectos integrados de várias especialidades – as que forem necessárias – e por vezes isso não é feito.
E quanto às perspectivas futuras da Consulmar?
Vamos manter uma acção sobre o mercado exterior, por isso é que algumas empresas foram criadas ainda há pouco tempo. Temos a ideia de manter a perspectiva do trabalho em rede mas estamos atentos e provavelmente pró-activos em relação ànecessidade de participarmos nessa reformulação do tecido empresarial nacional, tendo em vista o reposicionamento no mercado global. DesejarÃÂamos manter esta tradição que nós temos já ao longo de 30 anos.
ficha técnica
Nome: Consulmar, Projectistas e Consultores
Morada: Rua Joaquim António Aguiar, 27, 9º Dto 1099-062 Lisboa
Telefone: 213826630
Fax: 213862679
E-mail: geral@consulmar.pt
Site: www.consulmar.pt
Projectos: Terminal LNG no Porto de Sines; novo terminal de passageiros no Porto de Ponta Delgada; Ampliação do Aeroporto do Funchal; Centros de Transporte e Mercadorias em Lisboa e no Porto; reabilitação de 10 portos de pesca no Haiti; Estação de Tratamento de ÃÂguas de Matsulu, ÃÂfrica do Sul; projecto das obras marÃÂtimas do Novo Centro Urbano da Cidade de Luanda, Angola