Madrid terá justiça em “cidade sustentávelâ€Â
A capital espanhola vai receber uma “cidade da justiça†que se assemelha a um grande bosque verde pontuado por 14 edifÃÂcios circulares. Com o masterplan assinado pelo atelier madrileno Frechilla & López-Peláez, o Campus de Madrid irá contar, entre outros, com projectos da autoria dos britânicos Norman Foster e Richard Rogers O atelier Frechilla &… Continue reading Madrid terá justiça em “cidade sustentávelâ€Â
Ana Rita Sevilha
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A capital espanhola vai receber uma “cidade da justiça†que se assemelha a um grande bosque verde pontuado por 14 edifÃÂcios circulares. Com o masterplan assinado pelo atelier madrileno Frechilla & López-Peláez, o Campus de Madrid irá contar, entre outros, com projectos da autoria dos britânicos Norman Foster e Richard Rogers
O atelier Frechilla & López-Peláez foi o vencedor do concurso de ideias lançado pela Câmara Municipal de Madrid, para a elaboração do masterplan do futuro complexo de justiça da capital espanhola, a implantar numa área de terreno com cerca de 300 mil metros quadrados, e que irá reunir os 19 órgãos judiciais actualmente dispersos pela capital. De acordo com a imprensa espanhola, a futura “cidade da justiçaâ€Â, faz a analogia a um bosque pontuado por edifÃÂcios de forma redonda, que segundo os autores do masterplan, permitem “uma circulação mais fluida que as esquinasâ€Â. No total serão 14 os edifÃÂcios a erigir, sendo que um deles contempla o estacionamento, bem como algum comércio e restauração, e será projectado em parceria por Richard Rogers e os espanhóis Vidal Y Asociados. Frechilla & López-Peláez propuseram uma ordem lógica para cada um dos módulos, mas sublinham que admitem mais posições. Nesse sentido, nas imediações do multimodal de transportes vão ser colocados os edifÃÂcios com mais afluência de público, na zona central, próximo da via distribuidora do complexo, ficarão os edifÃÂcios dotados de módulos de segurança, e a fazer o fecho do percurso os dois edifÃÂcios mais representativos da justiça, que terão o cunho do britânico Norman Foster. Esta será uma “cidade verdeâ€Â, como denominam os autores do projecto, porque para além de terem sido equacionadas soluções sustentáveis não terá automóveis àsuperfÃÂcie, uma vez que a circulação se irá realizar abaixo do nÃÂvel do solo.
Rogers assina edifÃÂcio de estacionamento
Desenhado por Richard Rogers Partnership e pelos espanhóis Vidal Y Associados, o projecto consiste num edifÃÂcio singular que funcionará como porta principal do campus. Acolhendo no mesmo volume o estacionamento, as áreas comerciais e a restauração, o mesmo respeita os objectivos e demandas traçados pelo masterplan, criando um espaço de encontro para os seus visitantes e para os trabalhadores do complexo, e distanciando-se da imagem tradicionalmente associada a este tipo de equipamento. Este será o terceiro dos 14 edifÃÂcios que formam a “Cidade da Justiça de Madridâ€Â, e terá uma área total de 43 mil metros quadrados, dos quais 1500 serão destinados a comércio e 500 a restauração. Apresentando cinco pisos acima do piso térreo e três abaixo do mesmo, o volume vai oferecer 1175 lugares de estacionamento, e agrupar as zonas comerciais no piso térreo, ao nÃÂvel da rua, com as frentes orientadas em torno de uma praça em forma de leque. No desenvolvimento dos estacionamentos, a orientação e circulação foram os factores a ter em conta, tendo para isso sido estabelecido um traçado sobre uma estrutura circular, em torno de um vazio central com um diâmetro de 20 metros que funciona como um poço de luz, onde estão integradas as circulações verticais destinadas aos utilizadores do estacionamento. Ao nÃÂvel da fachada, a mesma proporciona protecção pelo interior e expressão no exterior, conseguida através de um têxtil de cor branco com diversos nÃÂveis de transparência, que varia consoante a intensidade da luz natural, conferindo-lhe uma imagem icónica. As questões de sustentabilidade também foram equacionadas pela equipa projectista, e nesse sentido foi maximizada a entrada de luz natural dentro do edifÃÂcio, facilitando ao mesmo tempo a ventilação e reduzindo a dependência de extractores de fumo.
Com a assinatura de Foster…
Funcionalidade, vanguarda e transparência são as caracterÃÂsticas dos dois edifÃÂcios do Campus de Justiça que terão a assinatura do britânico Norman Foster, nomeadamente os edifÃÂcios do Tribunal Provincial e do Tribunal Superior de Justiça. Seguindo as exigências do masterplan, os dois volumes circulares estabelecem uma relação dinâmica e estão interligados por uma praça pública, simbolizando a acessibilidade pública e a transparência do sistema legal. O edifÃÂcio do Tribunal Provincial materializa-se num cilindro de seis pisos dotado de uma fachada ondulante, e atravessado por um vazio que cria um átrio central tapado por uma cobertura vÃÂtrea. Nos dois primeiros pisos vão ficar 33 salas de visita que se comunicam através de pontes, e que estarão distribuÃÂdas por grupos segundo as diferentes categorias, nomeadamente, judicial, penal, civil e comercial. Com uma superfÃÂcie de cerca de 26 mil metros quadrados e caracterizado por uma entrada de pé-direito alto e estreito, é a partir deste espaço que se acede a um pátio central em forma de triângulo que enfatiza todo o movimento vertical que domina o edifÃÂcio. Em termos de eficiência energética, o projecto “destaca-se pelo respeito pelo meio ambienteâ€Â, lê-se na memória descritiva da proposta, tendo sido orientado de forma a minimizar os efeitos solares.