OMA+Koolhaas projectam em Riga
O ateliê OMA em parceria com Rem Koolhaas projectaram um museu em Riga, na capital da Letónia, que tenta contrariar a actual maneira de fazer espaços de exposição que utilizem estruturas já existentes. O novo museu contemporâneo da cidade de Riga, na Letónia, foi projectado pelo holandês Rem Koolhaas em mais uma colaboração com o… Continue reading OMA+Koolhaas projectam em Riga
Filipe Gil
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O ateliê OMA em parceria com Rem Koolhaas projectaram um museu em Riga, na capital da Letónia, que tenta contrariar a actual maneira de fazer espaços de exposição que utilizem estruturas já existentes.
O novo museu contemporâneo da cidade de Riga, na Letónia, foi projectado pelo holandês Rem Koolhaas em mais uma colaboração com o “seu†ateliê, o Office for Metropolitan Architecture (OMA), de Roterdão, numa encomenda feita pelo governo daquele paÃÂs do Báltico.
Segundo a memória descritiva disponibilizada pelo ateliê holandês, este museu foi imaginado em duas partes, sobretudo com o “intuito de criar uma dependência mútua entre essas partes, tendo em conta o máximo de ligação entre ambos.â€Â
A intervenção, num espaço total de 16 mil metros quadrados, será edificada aproveitando uma fábrica já existente. No local da antiga unidade industrial irá nascer um espaço dedicado àeducação, e àprodução de media. Irá acolher uma série de experiências utilizando o vÃÂdeo e a pesquisa de performances publicas e programas de educação organizadas àvolta da arte. Este espaço foi pensado para que o público não tenha uma “confrontação†directa com as obras de arte.
Espaço de exibição
O espaço de exibição e a loja do museu estão localizadas num perÃÂmetro estendido no espaço de envolvência do edifÃÂcio industrial. Rem Koolhaas e a sua equipa criaram um espaço “simples continuo e neutral†com um telhado plano e uma fachada de vidro, envolvendo assim a construção existente de uma forma mais “funcional†do que simbólica. A utilização do edifÃÂcio existente – que é utilizado também para a assistência técnica e os serviços logÃÂsticos -, permite que o espaço criado para a exibição esteja libertado e seja única e exclusivamente utilizado para a relação que se constrói entre o objecto de arte e de quem o observa. Com esse intuito, o design do novo museu traçado pelos arquitectos holandeses “acomoda†as novas funções do local de exposição em todo o seu papel mas, ao mesmo tempo, não deixa de lado o papel principal de um museu que é organizar a contemplação da arte e a sua exploração por parte de quem a usufrui.
Conceito
O ateliê em conjunto com Rem Koolhaas colocou algumas parâmetros para desenvolver este museu. De acordo com a memoria descritiva “nos últimos vinte anos foram construÃÂdos dois tipos de equipamentos, ou edifÃÂcios, para albergar arteâ€Â. E segundo a equipa projectista esses espaços oscilaram entre a “imaculada sala brancaâ€Â, dando a conhecer a arte através de espaços com total ausência de personalidade, deixando para as obras de arte todo o protagonismo. Sucedendo que a arte exposta nesses locais tem a oportunidade de brilhar e de ser perceptÃÂvel pelo seu próprio conteúdo. Ou os outros locais a que os OMA denominam de “apropriação de pano de fundo†que são sobretudo edificados em espaços industriais cujas salas e espaços de exposição acrescentam algum cariz “dramático†ao trabalho artÃÂstico. Este tipo de local tem acomodado uma tendência em que o trabalho de arte contemporânea se tornou incrivelmente extravagante e, ocasionalmente, demasiado grande e importante para ser albergado pelos tradicionais espaços de exposição. A proliferação deste dois tipos de espaços tem progredido para aquilo a que os arquitectos chamam de arquétipos de exposição. “Cada novo museu que se projecta, actualmente, parece uma escolha entre estes dois tipos de espaçoâ€Â, acrescentam os projectistas. Assim, e de acordo com a mesma fonte, o novo museu de Riga tem por objectivo negar esta tendência com o intuito de evitar que se torne uma “vÃÂtima da história†negando o seu papel principal de centro de exposição.
O objectivo é que o museu seja um verdadeiro sucesso como centro de arte da sociedade contemporânea, acrescentando àsua infra-estrutura “natural†a importância como edifÃÂcio, sem no entanto roubar a maneira de ver a arte. Segundo os OMA a nova estrutura conceptual por eles criada tem em conta tanto o “espaço†museu, na sua função mais tradicional, como incorpora novos papéis e expectativas que estes espaços actualmente adquiriram.