ARX projecta “caixa negra†para a IMOCOM
A proposta do atelier ARX Portugal foi a vencedora do concurso de ideias para a nova sede da IMOCOM no Parque das Nações. Tendo como objectivo a criação de um edifÃÂcio bio-climático, a dupla Nuno e José Mateus materializou a sua ideia numa “caixa negra†perfurada nos cantos, de forma a articular os espaços interiores… Continue reading ARX projecta “caixa negra†para a IMOCOM
Ana Rita Sevilha
Preços de escritórios e lojas aumentaram em média +20% durante a pandemia
TdC dá luz verde ao prolongamento da Linha Vermelha
Century 21 Portugal espera “crescimento” nos próximos anos
A estratégia da MAP Engenharia, as casas impressas pela Havelar, o ‘novo’ rumo da Mexto e a TRAÇO no CONSTRUIR 503
Consumo de cimento aumentou 23,6% em Janeiro
Encontro de Urbanismo do CIUL regressa com ‘Há Vida no Meu Bairro’
Autódromo Internacional do Algarve desenvolve CER com SES Energia
Rita Bastos assume direcção da Sekurit Service e da Glassdrive Portugal
Dst ganha obra de 5M€ para Volkswagen Autoeuropa
IP conclui intervenção no Viaduto Duarte Pacheco
A proposta do atelier ARX Portugal foi a vencedora do concurso de ideias para a nova sede da IMOCOM no Parque das Nações. Tendo como objectivo a criação de um edifÃÂcio bio-climático, a dupla Nuno e José Mateus materializou a sua ideia numa “caixa negra†perfurada nos cantos, de forma a articular os espaços interiores com a sua envolvente
O atelier ARX Portugal, dos arquitectos Nuno e José Mateus, foi o vencedor do concurso de ideias lançado em Junho passado pela IMOCOM para a construção da sua sede na Avenida D. João II, no Parque das Nações. Representando um investimento de 30 milhões de euros, a construção do novo edifÃÂcio tem inÃÂcio previsto para o terceiro trimestre de 2007, e conclusão para o segundo trimestre de 2009. Materializado numa caixa de granito negro absoluto, perfurada nos cantos de forma a abrir os espaços interiores às vistas sobre a envolvente, nomeadamente sobre o Rio Tejo, a Gare do Oriente e a Avenida D. João II, cada abertura revela transparências e transporta para o corpo do edifÃÂcio “ficções de paisagens naturais: espelho de água no lado do Tejo ou jardins arborizados do lado da terraâ€Â, articulando os espaços interiores com o contexto em que o volume se insere, explica a memória descritiva da proposta. De acordo com os autores do projecto, “o edifÃÂcio foi pensado originalmente revestido em zinco preto para tirar partido do aquecimento, criando entre o revestimento e a parede estrutural um canal de convecção de ar ascendente controlado remotamente, que conseguisse promover a ventilação natural dos espaços interiores e contribuir para o aquecimento do edifÃÂcioâ€Â. Relativamente àforma como este volume se irá relacionar com a sua envolvente urbana, os mesmos explicam que, “esta zona da cidade é constituÃÂda por edifÃÂcios cujas opções arquitectónicas procuram salientar a sua diferenciação ou identidade. Neste sentido, o edifÃÂcio é contextual, ou seja, é pensado da mesma forma que os outros que o circundam na zona da Parque Expoâ€Â.
Inovação e sustentabilidade
Tendo como objectivo a criação de um edifÃÂcio bio-climático, a sua concepção partiu do desenvolvimento simbiótico do desenho com o seu comportamento fÃÂsico. Nesse sentido, foram calculadas a estratégia estrutural do edifÃÂcio, o seu dimensionamento, a localização das aberturas, a escolha dos materiais e suas cores, a composição da fachada, os arranjos exteriores e os sistemas activos de impacte e controlo ambiental. Segundo a memória descritiva do projecto, a escolha do negro para a “pele flutuanteâ€Â, prende-se com o facto de a mesma ajudar a elevar a temperatura no canal formado entre essa pele e a parede resistente, criando uma convecção de ar ascendente que produzirá uma extracção de ar natural dos espaços interiores, contribuindo para o aquecimento do edifÃÂcio durante os meses de Inverno. O aproveitamento das águas pluviais foi outra das situações equacionadas no projecto, bem como a introdução de painéis solares fotovoltaicos na cobertura e em algumas zonas da fachada, que produzirão energia eléctrica para alimentar alguns espaços interiores do edifÃÂcio. A nova sede da IMOCOM contempla ainda outro aspecto particular, que consiste na criação de uma fachada multimédia que tem como objectivo emitir conteúdos audiovisuais, dotando o edifÃÂcio de “uma nova presença de identidade marcante e ambÃÂguaâ€Â, revela a memória descritiva. Nuno e José Mateus, explicam que «a parede multimédia está, nesta fase embrionária do projecto, pensada com o recurso a lamelas de leds tricolores, a inserir nas juntas do revestimento final do edifÃÂcio. Podem ser montadas faseadamente, de fixação permanente, temporária ou extensÃÂvel, no fundo ajustada às opções do dono de obra, ponderadas entre o investimento e as expectativas de resultados de exploração. Pode também ser um elemento de composição, assumindo que o edifÃÂcio possui uma linguagem variável em função do conteúdo emitido pela sua pele». A equipa projectista sublinha que, “o maior desafio na elaboração deste projecto, para já, será a simbiose entre a vontade do dono de obra de que o edifÃÂcio possa servir de suporte a conteúdos audiovisuais e a concepção da pele do edifÃÂcio, sem separar o ecrã de uma concepção integrada da sua arquitecturaâ€Â.
Programa
Com uma área total de construção de cerca de 15 mil metros quadrados e constituÃÂdo por 11 pisos, em que três são abaixo do solo e compreendem os estacionamentos, o edifÃÂcio projectado pelo atelier ARX Portugal será essencialmente destinado a escritórios, e maioritariamente ocupado pela IMOCOM. Contemplando um piso térreo dedicado àárea comercial com 1750 metros quadrados, em que todas as lojas terão acesso pelo interior e exterior do volume, este piso irá ainda receber um restaurante e uma sala polivalente/auditório com capacidade para cerca de 150 pessoas que converge para uma galeria semi-coberta que por sua vez se abre para um espelho de água e um pátio ajardinado, de onde se poderá aceder a uma plataforma ajardinada existente na cobertura. A entrada no edifÃÂcio é feita pela esquina situada a sudoeste, e dá acesso a um átrio que rasga o edifÃÂcio na vertical de forma a criar um lanternim zenital.