Novas infra-estruturas no Porto de Leixões
Um novo terminal de cruzeiros, um porto de recreio e espaços complementares de cariz urbano, são algumas das componentes do novo projecto para Leixões, orçado em 35 milhões de euros. Devido às várias valências, foram duas as equipas de engenharia envolvidas: uma referente àobra portuária e outra tocante àestrutura do edifÃÂcio A s… Continue reading Novas infra-estruturas no Porto de Leixões
Maria João Morais
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Um novo terminal de cruzeiros, um porto de recreio e espaços complementares de cariz urbano, são algumas das componentes do novo projecto para Leixões, orçado em 35 milhões de euros. Devido às várias valências, foram duas as equipas de engenharia envolvidas: uma referente àobra portuária e outra tocante àestrutura do edifÃÂcio
A s novas infra-estruturas projectadas para o Porto de Leixões vão dotá-lo de um novo cais para permitir a acostagem de navios até 300 metros de comprimento e aumentar a capacidade do porto de recreio das 170 para as 300 embarcações. O investimento global ascende aos 35 milhões de euros e a inauguração está prevista para 2011.
O novo projecto para o Porto de Leixões (a maior infra-estrutura portuária do Norte do paÃÂs) surge no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento do porto de Leixões, realizado pela Administração dos Portos do Douro e Leixões (APDL). As definições estratégicas estruturantes da entidade passam pelo aumento da eficácia comercial e pelo incremento e melhoria da integração urbana.
ConcluÃÂdo está o Estudo Prévio, que inclui um novo cais para cruzeiros, um edifÃÂcio de estação de passageiros, um porto de recreio náutico, os acessos directos àcidade e ainda um estacionamento para 14 autocarros e 170 automóveis. «Embora subsista um razoável conjunto de dúvidas, são já muitas as convicções», pode ler-se no documento.
A apresentação do projecto foi feita recentemente pela secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino. A autoria é do arquitecto LuÃÂs Pedro Silva, coordenador de uma equipa que contou com a participação do Instituto de Hidráulica e Recursos HÃÂdricos, a Quaternaire Portugal e a Newton – Consultores de Engenharia.
O local de implantação e o cruzamento das componentes funcionais estiveram na base do conceito arquitectónico, enquanto que as formas curvilÃÂneas caracterizam a zona do molhe.
Do projecto consta um novo edifÃÂcio de estação de passageiros com diversas valências para navios, dotado de um piso comercial, um piso de restauração e um e uma bancada exterior na cobertura.
A acostagem de navios até 300 metros de comprimento será possÃÂvel no novo cais para cruzeiros. Esta estrutura poderá ainda ser complementada com a acostagem de outros navios de passageiros no contÃÂguo e futuramente reforçada com um cais acostável no Molhe Sul.
Soluções Construtivas
Ao nÃÂvel da engenharia, foram duas as equipas envolvidas no projecto: uma referente àobra portuária e outra àestrutura do edifÃÂcio. Para LuÃÂs Pedro Silva, a parte mais difÃÂcil no projecto para o edifÃÂcio «teve que ver com a geometria do edifÃÂcio, que vai variando de piso a piso», devido àforma invulgar que possui. A nÃÂvel construtivo, segundo o Estudo Prévio, «a natureza do edifÃÂcio e as suas formas conduziram a uma solução mista com lajes e núcleo central em betão através de um sistema de pilar viga». O piso -1 será totalmente em betão armado revestido pelo exterior em pedra, enquanto que nos pisos superiores os elementos de fachada serão em estrutura metálica com revestimento de alumÃÂnio. Também alguns dos elementos de fachada serão em betão armado, mantendo-se o mesmo tipo de revestimento nestes casos. A opção por um sistema standard de revestimento, adequado àexposição aos agentes naturais e a definição curvilÃÂnea das paredes e coberturas (manga) mostrou-se aos projectistas como a mais adequada. Foram propostos alguns planos envidraçados que se adequam àdefinição curvilÃÂnea envolvente através de uma modulação de faces rectas, variada embora sistemática e repetida.
No que diz respeito àcobertura e passadiços nas zonas visitáveis, prevê-se a utilização generalizada de pavimentos modulares sobre a cobertura invertida.
Quanto ao novo terminal de cruzeiros, vai ter uma orientação que foi confirmada tecnicamente como a mais favorável. A ampliação do cais em 52 metros de comprimento foi escolhida face àconstatação da necessidade em servir a acostagem de navios até 300 metros. O cais será constituÃÂdo por caixotões e por laje em betão. Será composto por três faixas de rodagem com 5 metros de largura cada, uma delas destinada a estacionamento de pesados. O cais vai ter ainda na extremidade um alargamento que viabiliza a inversão de marcha.
A manga foi uma obra dos engenheiros de estruturas. O acesso do navio àestação de passageiros vai incluir uma estrutura mista. Os pilares vão coincidir com o eixo dos caixotões e serão de betão armado no primeiro nÃÂvel. Parte da altura das vigas terá a função de guarda da manga. Os pilares e a estrutura da laje de cobertura serão metálicos. Poderá proceder-se ao ajustamento do seu comprimento, em função da precisão, ainda não contemplada, relativa a estrutura móvel de articulação com as portas de embarque dos navios. A manga constitui um elemento de grande desenvolvimento longitudinal, com 182 metros de comprimento por 5,5 metros de largura pelo exterior.
Segundo LuÃÂs Pedro Silva, foi dado um peso importante ao sistema de construção da manga do novo cais, «para garantir a estabilidade e não prejudicar a excessiva ondulação». A solução foi submersa, com painéis para controlarem a ondulação.
Em curso está ainda o estudo de viabilidade económica e de gestão. Toda esta análise tem em conta o facto de se tratar de uma parceria público-privada e de haver várias frentes potencialmente envolvidas no projecto, com vários agentes locais interessados.