(i)da arquitectos com proposta para Roma
Na sequência de um concurso internacional lançado pela câmara de Roma, a proposta do ateliê português (i)da arquitectos foi uma das seleccionadas para servir de base ao masterplan para a reconversão da «Piazzale delle Provincie». Partindo das caracterÃÂsticas e do contexto da área de intervenção, a proposta apresentada por Ivan de Sousa e Inês Antunes… Continue reading (i)da arquitectos com proposta para Roma
Ana Rita Sevilha
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Na sequência de um concurso internacional lançado pela câmara de Roma, a proposta do ateliê português (i)da arquitectos foi uma das seleccionadas para servir de base ao masterplan para a reconversão da «Piazzale delle Provincie». Partindo das caracterÃÂsticas e do contexto da área de intervenção, a proposta apresentada por Ivan de Sousa e Inês Antunes passa por criar um sistema que relaciona as diferentes escalas presentes no lugar através da reconfiguração dos seus limites
Resultado de um concurso internacional promovido pela Câmara Municipal de Roma, em Itália, que tem por objectivo a elaboração do novo masterplan da zona da cidade denominada «Delle Provincie-Lega Lombarda», o gabinete de arquitectura português (i)da arquitectos, de Ivan de Sousa e Inês Antunes, integraram a lista de 10 ateliês, escolhidos de um universo de 100 candidaturas, que servirão de base àelaboração do plano de reconversão definitiva daquela área, que tem conclusão prevista para 2011. De acordo com os responsáveis pelo (i)da arquitectos, até àsua data de conclusão a Câmara de Roma atribuirá encomendas aos grupos seleccionados para a realização das diversas partes que compõem o plano definitivo da «Piazzale delle Provincie», e que pretendem o redesenho da zona através de novos espaços públicos, zonas de serviços e áreas verdes.
Complexidade
A área de intervenção está compreendida entre o Cemitério Monumental do Verano, a rua Triburtina (uma das ruas de acesso a Roma), a cidade universitária e o tecido urbano de cariz residencial. De acordo com Ivan de Sousa e Inês Antunes, a área objecto de estudo é caracterizada «por uma extraordinária complexidade devido àpresença de estruturas de diferentes escalas e funções», apresentando-se como «uma área degradada de uma antiga zona industrial». Contudo, os mesmos explicam que a existência de conjuntos de armazéns industriais degradados, utilizados em parte para pequenas actividades artesanais, de edifÃÂcios de valor histórico e de edifÃÂcios residenciais, confere àárea de intervenção uma «situação de notável interesse». Marcada pela presença do cemitério, que de acordo com os autores da proposta, «é entendido como um dos grandes parques urbanos da cidade», outra das caracterÃÂsticas da área de intervenção prende-se com o facto de ser uma zona de passagem, de porta àcidade, que no passado estava inserida no sistema de Vilas Históricas, e que se pretende que seja no futuro «a porta internacional da cidade», explicam os autores do projecto. Actualmente, a zona de intervenção funciona como «um lugar intermédio entre o tecido dos bairros residenciais, o cemitério, a área da estação e a área dos recintos mono funcionais (universidades e hospitais)», refere o documento da proposta. Desta forma, Ivan de Sousa e Inês Antunes concluem que o espaço tem «caracterÃÂsticas diversas, sem uma identidade precisa», reunindo «o permanente com o temporário, a pequena e a grande escala», devendo por isso ser pensado como «um fragmento heterogéneo.
Estratégia
Com base no contexto e nas caracterÃÂsticas da área de intervenção, a proposta do ateliê (i)da arquitectos foi criar um sistema que relaciona as diferentes escalas presentes no lugar através da reconfiguração dos limites superior e inferior da área de estudo. Nesse sentido, no limite superior, localizado a norte e de carácter residencial, a proposta é a de ampliar a zona de passeio de forma a criar um eixo pedonal, onde ao longo do percurso o peão encontra diversas actividades culturais, comerciais, e recreativas, entre outras. Relativamente ao limite inferior, localizado a sul, a proposta é a de concentrar as zonas de estacionamento, bem como os principais acessos às diversas áreas. Perpendicularmente a estes limites, é ainda proposto «uma sequência urbana», que funciona como uma regra estruturante que permite a formalização de diferentes espaços, nomeadamente praças, jardins e parques. A concretização da proposta contempla ainda a criação de habitações caracterizadas por compreenderem áreas comerciais e artesanais na sua base; pela valorização do traçado histórico através da criação de plataformas onde se localizam edifÃÂcios de escritórios e praças-jardins; pela inserção de equipamentos culturais e de carácter lúdico-recreativo, e ainda pela requalificação de um edifÃÂcio que contêm na sua origem um lar de idosos, integrando no mesmo um infantário e um pátio interior que estabelece a relação entre as duas estruturas. Neste sentido, a proposta do ateliê (i)da arquitectos pretende transformar, reabilitar e reconverter a área em questão, tirando partido das suas caracterÃÂsticas e do seu traçado histórico.