Ateliê àLupa – SLJMM arquitectos
Um ateliê aberto ao diálogo Começaram a trabalhar em conjunto em 1996 e formaram o SLJMM arquitectos, sensivelmente em 1998. Como caracterizam o vosso percurso até aqui? Jorge Manuel Marques(JMM): No inÃÂcio começamos por ter dois tipos de trabalho, uns eram projectos de execução de ateliês que nos passavam algum trabalho de obras públicas, porque… Continue reading Ateliê àLupa – SLJMM arquitectos
Ana Rita Sevilha
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Um ateliê aberto ao diálogo
Começaram a trabalhar em conjunto em 1996 e formaram o SLJMM arquitectos, sensivelmente em 1998. Como caracterizam o vosso percurso até aqui? Jorge Manuel Marques(JMM): No inÃÂcio começamos por ter dois tipos de trabalho, uns eram projectos de execução de ateliês que nos passavam algum trabalho de obras públicas, porque tÃÂnhamos alguma experiência de projecto de execução; e outros eram pequenos clientes que queriam moradias ou pequenos loteamentos. Depois tivemos um projecto em Tróia com a Sonae, feito em parceria com o ateliê do arquitecto Duarte Nuno Simões, que foi muito importante não só pela sua dimensão, mas porque os edifÃÂcios eram muito bons e a nossa função era a de fazer remodelações profundas sem estragar o edifÃÂcio, e sem que perdessem a coerência.
LuÃÂs Simão Leandro (LSL): Esse foi realmente um passo muito importante para o ateliê, porque até essa altura estávamos habituados a fazer trabalhos com uma escala pequena e com clientes também eles pequenos.
JMM: É importante também referir que antes de iniciarmos o ateliê conhecemo-nos no ateliê Santa – Rita arquitectos, e depois entre outros eu estive a trabalhar no gabinete do arquitecto Manuel Vicente, e o Simão no do arquitecto Victor Figueiredo, e todos são ateliês de referência em Lisboa. Nós eramos projectistas e estávamos habituados a trabalhar nessa regra e nessa bitola, quando decidimos montar o ateliê, ingenuamente pensámos que poderÃÂamos continuar nessa bitola, mas com outros clientes, mas passámos para obras pequenas e o choque foi algum.
LSL: Actualmente existe uma outra parte do ateliê que eu acho interessante, que é a vontade de não ficarmos fechados entre quatro paredes e passar informação lá para fora, não de uma forma demasiado dentro da classe mas que chegue ao resto das pessoas como um serviço, e como algo a que possam recorrer.
JMM: Nesse sentido, nós temos no nosso site um serviço de consultoria online, para ajudar também o cliente a enquadrar o serviço do arquitecto, pois uma vez que a classe está um pouco desenquadrada e não existem regras, cada um oferece aquilo que acha melhor. Continuando a nossa evolução, a determinada altura começamos a tentar fazer nos projectos aquilo a que chamamos de «projecto global», e que consiste em que o arquitecto coordene todo o processo desde o dar apoio na escolha do local de intervenção, a fazer o projecto e escolher as especialidades e a promoção com parte gráfica.
Antes da formação do gabinete trabalharam em ateliês de referência. De que forma essas experiências influenciam o vosso trabalho?
JMM: Apesar de fazerem arquitecturas muito diferentes, tinham em comum serem excelentes arquitectos e terem uma paixão pela profissão que nos passou. Depois de se passar por estes ateliês e fazer arquitectura com aquela paixão, não se pode fazer arquitectura de outra maneira, o modo de fazer só pode ser assim e isso foi uma influência.
Da experiência que têm ao nÃÂvel dos concursos, que balanço fazem?
JMM: A participação é sempre positiva porque nos divertimos muito, mas do ponto de vista económico é desastroso para o gabinete porque o investimento é brutal e as hipóteses de ganhar actualmente são muito limitadas. E limitadas porque os concorrentes são muitos, apesar de isso não ter mal nenhum, e porque os júris em grande parte são maus.
LSL: As regras do jogo são muitas das vezes pouco claras.
Existe algum método de intervenção ou alguma caracterÃÂstica conceptual que esteja inerente a todos os vossos projectos?
JMM: Somos pessoas completamente diferentes, um formado em Lisboa e outro no Porto, passámos por ateliês diferentes e temos abordagens diferentes. Contudo, trabalhamos muito bem em cima do trabalho um do outro e também com outras pessoas, porque gostamos de trabalhar em equipa, e acho que no fim, quando o trabalho acaba, ele tem alguma coerência, mas não partimos para nenhum trabalho com o pressuposto de que o ateliê SLJMM tem uma marca própria de fazer arquitectura. Temos coisas que nos interessam, temos coisas que nos preocupam, trabalhamos juntos há bastantes anos e sabemos bem o que cada um pensa sobre determinado assunto. Mas método é só o de fazer muitas vezes e voltar a fazer mais vezes ainda.
Sustentabilidade e eficiência energética. Existe essa preocupação por parte do ateliê e por parte dos clientes?
JMM: Depende do cliente, uns ligam outros nem por isso. Alguns até sentem medo quando se fala nessas questões porque julgam que é para lhes gastar dinheiro. Normalmente a situação que nós lhes expomos é a seguinte, nós fazemos o edifÃÂcio mais sustentável que se conseguir fazer, faremos todo o esforço nesse sentido, agora não hipotecamos tudo o resto pela sustentabilidade, porque senão o melhor é não construir, porque ai não se poluàde certeza.
A especialização na profissão é um caminho a seguir?
JMM: Eu pessoalmente não gostava de me especializar em nada, fizemos tudo para não o fazer, nomeadamente até desenvolvemos trabalho gráfico, páginas de Internet, planeamento e arquitectura, e querÃÂamos manter o ateliê assim. Agora do ponto de vista da profissão, acho que se deveria dar essa oportunidade a quem quisesse.
LSL: A especialização faz sentido e actualmente é quase uma questão de sobrevivência. Se queremos sobreviver temos de ser mais profissionais. Mas o trabalho em arquitectura não se deve dissociar, apesar de poder haver quem saiba muito sobre determinada especialidade, devemos nos sentar àmesa e discutir o projecto.
Existe algum programa que gostassem muito de projectar?
LSL: Eu já pensei várias vezes nisso e não consigo responder. Existem programas que são mais aliciantes, por exemplo o programa de um museu, mas também depende muito do museu. Nós nunca fizemos um edifÃÂcio de escritórios, eu gostava de fazer um.
JMM: A ambição é mesmo a de ter clientes inteligentes, que consigam ser interactivos, quer a fazer uma moradia ou uma promoção pública.
Lançaram uma newsletter trimestral. Qual o objectivo?
JMM: No inÃÂcio era para comunicar-mos aos amigos, clientes, ex-clientes e promotores o que andávamos a fazer. Actualmente serve também para comunicarmos o que aprendemos, e criar um núcleo onde se cruzam informações, isso parece-nos importante. Como se passa muitas horas no ateliê, esta é também uma maneira de abrir uma porta ou uma janela.
LSL: É uma forma que encontramos para promover o ateliêr, de nos aproximar e de nos dar a conhecer, mas também de pôr em discussão outros temas, entre arquitectos ou outras pessoas, e que se discutam temas que toquem de algum modo na arquitectura mas também na cidade e nas pessoas.
ficha técnica
Nome: sljmm, arquitectos Lda.
Morada: Rua Teixeira de Pascoais, nº 21, 5º andar, 1700-364 Lisboa
Telefone: 213 259 609
E-mail: arq@sljmm.com
Site: www.sljmm.com
Projectos: Centro de Reuniões e Congressos – Tróia; Stand de vendas da SKODA; Bandas habitacionais – Tróia (em colaboração com o arq. Duarte Nuno Simões); Turismo de habitação, Arraiolos; Concurso para Estação Central de Camionagem de Albufeira. (em colaboração com a arq. Ana Vaz Pato e arq. Carlos Amaro); Espaço educacional em Alcochete – Verbos Inúmeros, Lda; Cine Teatro, Mira de Aire – Porto de Mós