Ideias do Futuro desenha «Bem Parece»
A zona de Albufeira no Algarve vai receber um empreendimento turÃÂstico de grande envergadura projectado pelo ateliê «Ideias do Futuro», num investimento que ronda os 60 milhões de euros. O projecto, a cargo do arquitecto Tiago Fonseca, vai designar-se «Bem Parece», devido aos depósitos de água com o mesmo nome que existem no local, e… Continue reading Ideias do Futuro desenha «Bem Parece»
Joana Justo
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A zona de Albufeira no Algarve vai receber um empreendimento turÃÂstico de grande envergadura projectado pelo ateliê «Ideias do Futuro», num investimento que ronda os 60 milhões de euros. O projecto, a cargo do arquitecto Tiago Fonseca, vai designar-se «Bem Parece», devido aos depósitos de água com o mesmo nome que existem no local, e desenvolve-se numa área de construção total de 56.690 metros quadrados. Todo o projecto vai aproveitar o desnÃÂvel existente no terreno de forma a tirar partido da vista privilegiada da colina (é o ponto mais alto de Albufeira) e da exposição solar.
A construção fica a cargo de um consórcio de duas empresas, a Montiterras e a TGA – Teodoro Gomes Alho.
A localização do empreendimento nesta zona isolada em Albufeira, surge porque está fora da linha de água e da grande pressão urbana que existe no centro da cidade.
«Os apartamentos vão ficar mais a Norte, com vista sobre o mar, estamos numa colina que está por cima de toda a Albufeira», afirmou o arquitecto Tiago Fonseca ao Construir.
Duas marcas
A localização pretende que o local possa respirar com espaços verdes e com colorido próprio de espaços públicos.
A grande caracterÃÂstica do empreendimento «Bem Parece» é não estar em cima da linha de água, «mas gozar de uma vista privilegiada sobre o mar e sobre a praia», explicou o arquitecto.
Outra caracterÃÂstica destes apartamentos na colina é que foram pensados de raiz para serem funcionais e turÃÂsticos. Pretende-se desta forma dotar toda a estrutura de equipamentos para que as pessoas não estejam dependentes nem da cidade, nem da envolvente.
O público-alvo do empreendimento será o «mais abrangente possÃÂvel». O empreendimento está pensado para o cidadão tradicional português que vive nas grandes metrópoles e vai para o Algarve para passar as suas férias; para o turismo de terceira idade; e para o turismo internacional que constantemente procura o Algarve para ter a sua casa, sem que haja a pressão do centro de Albufeira. No entanto, estes públicos tem uma caracterÃÂstica transversal, não querem estar na primeira linha de água, é um público mais recatado e que deseja refugiar-se da confusão que normalmente se gera na linha de água. O empreendimento vai ser composto por seis lotes que vão variar entre as três e as quatros estrelas.
O lote um será composto por 120 apartamentos turÃÂsticos T2 que vão ocupar uma área igual a 14.580 metros quadrados. O lote dois também de apartamentos turÃÂsticos vai contar com 65 unidades T2 e duas T1, numa área de 9.298 metros quadrados, dos quais 2.740 serão reservados ao comércio. O terceiro lote vai ter 96 apartamentos T1 construÃÂdos numa área de 6.712 metros quadrados, com mil metros quadrados reservados ao comércio.
O lote quatro será um hotel numa área de 10.200 metros quadrados com capacidade para 340 camas. As moradias turÃÂsticas vão para o lote cinco, com 13 vivendas T4 numa área igual a 3.900 metros quadrados.O lote seis vai ser ocupado por outro hotel com capacidade para 400 camas numa área igual a 12 mil metros quadrados.
Tendências arquitectónicas
O projecto foi previsto para dotar toda a intervenção de formas contemporâneas mas aliadas ao minimalismo – desprovendo os edifÃÂcios de adornos supérfluos ou suplementos decorativos, e de caracterÃÂsticas próprias do Algarve – o tradicional branco das casas.
Os materiais utilizados vão ser simples e poucos, «muito vidro para se traduzir muita transparência» de modo a que o hóspede possa aproveitar ao máximo as vistas, e a exposição solar.
O recurso ao metal que em «sintonia com o vidro cria sempre uma experiência interessante», observou Tiago Fonseca.
Também vai haver a utilização de materiais mais locais – a pedra algarvia entre outros materiais locais.
A decoração do empreendimento levou apenas a serem utilizados entre três a quatro materiais. O grande enriquecimento estético final são os espaços verdes, e as áreas comuns.
«A nossa preocupação de sempre foi que a intervenção se efectuasse de forma integrada na paisagem, para que o empreendimento se adaptasse àlógica topográfica do terreno e não o contrário». Esta lógica pretende que a envolvente mantenha as caracterÃÂsticas essenciais que sempre teve.
Toda a lógica do empreendimento – os edifÃÂcios em escada o promontório em cima para permitir uma visão privilegiada sobre o território, uma integração na envolvente adaptada às caracterÃÂsticas da sua génese.
A conclusão dos apart-hóteis e das moradias devem estar concluÃÂdas até ao final do ano, sendo que a conclusão dos hotéis está prevista para dentro de dois anos.