Zaha Hadid projecta biblioteca de Sevilha
O ateliê de Zaha Hadid criou o projecto para a nova biblioteca e centro de investigação da cidade espanhola de Sevilha. Esta foi concebida como uma biblioteca geral, mas igualmente como centro de investigação que irá dar apoio não só àuniversidade, mas àprópria cidade da Andaluzia, com a pretenção de se tornar um… Continue reading Zaha Hadid projecta biblioteca de Sevilha
Filipe Gil
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O ateliê de Zaha Hadid criou o projecto para a nova biblioteca e centro de investigação da cidade espanhola de Sevilha. Esta foi concebida como uma biblioteca geral, mas igualmente como centro de investigação que irá dar apoio não só àuniversidade, mas àprópria cidade da Andaluzia, com a pretenção de se tornar um ponto de referência cultural
Uma nova biblioteca geral e centro de investigação da universidade de Sevilha que apoie os estudantes da universidade mas que sirva e seja utilizada por toda a cidade é o objectivo deste novo equipamento elaborado pelo ateliê da arquitecta Zaha Hadid, com conclusão prevista para 2008. Usando uma estratégia para promover a actividade cultural, educativa e recreativa para os estudantes da universidade, a proposta tenta «actuar como um pólo de atracção tanto para os utentes do Prado de San Sebastian como para os três mil investigadores da universidade. «Numa tentativa de converter-se assim num novo centro para a universidade e para a própria cidade», explica o ateliê.
O novo projecto foi concebido como uma prolongação do parque onde está inserido, como um volume que «emerge de si mesmo», numa superfÃÂcie total de 8720 metros quadrados. O edifÃÂcio expande-se longitudinalmente erguendo-se através de um material suave para terminar como um superfÃÂcie sólida.
O conceito para a biblioteca, e especialmente a concepção de um espaço que integra a tecnologia e o processo de investigação foi mudando. Segundo o ateliê de Zaha Hadid, «no projecto final propomos um espaço de leitura que se apresente sobre o resto dos espaços, onde este local será sempre único. A tecnologia manifesta-se em espaços simples para se poder informar o usuário, e para além dos requerimentos técnicos dos espaços em grande escala, a qualidade destes espaços é o facto de poder comunicar e distribuir informação que dentro deles se genera, em contraste com o espaço de leitura, no qual a comodidade do utilizador é importantÃÂssima para a sua própria concentração».
A envolvência
A parcela para a biblioteca foi pensada tendo em conta o tráfego de automóveis e autocarros e numa futura estação de metro a ser construÃÂda no local, e ainda a avenidade de maior movimento de tráfego da cidade, definindo assim que a zona de leitura estará virada para o local envolvente com maior tranquilidade. Foi a partir destas ideias que o desenho da autoria de Zaha Hadid e Patrik Schumacher se desenvolveu, determinando assim que a zona Norte fosse dedicada àleitura, e a zona Sul, junto às vias de maior fluxo, dedicada a outras actividades do pólo cultural.
O desenho do edifÃÂcio apresenta-se como uma plataforma surgindo ao nÃÂvel da rua, onde se localizam os armazéns e locais de armazenamento, o local de workshops, e ainda o parque de estacionamento. O parque é extendido ao longo da plataforma para que sejam formados os espaços públicos tornando-os de transição entre o parque envolvente e a biblioteca. Os utilizadores do edifÃÂcio têm àsua disposição várias zonas comuns, como por exemplo a recepção, a sala de conferências, a sala de exibições, uma cafetaria e uma livraria, sendo o hall de recepção ponto de partida e de distribuição para os nÃÂveis seguintes.
O segundo nÃÂvel da biblioteca será a zona de consulta e de estudo dos estudantes, albergando, na sala de leitura, cerca de 600 utilizadores e com um espaço para cerca de vinte mil livros. O ambiente recebe luz zenital através de uma entrada que cruza o edifÃÂcio de norte a sul e que disponibiliza a vista do parque envolvente através de perfurações na fachada.
A arquitectura do edifÃÂcio está principalmente concebida em betão e, numa pequena parte com perfurações gerando uma temperatura agradável no seu interior. Assim, e de acordo com os projectistas, o edifÃÂcio encontra-se em «perfeita harmonia» com a sua envolvente devido àcor do material e àaltura do mesmo, muito similar com os edifÃÂcios circundantes.