Risco projecta pavilhão multiusos do Funchal
O ateliê de arquitectura Risco, de Manuel Salgado e Jorge Estriga, foi o vencedor do concurso para a elaboração do pavilhão multiusos do Funchal, uma obra com um valor global de 35,5 milhõesde euros. O prazo previsto para a conclusão da obra é 2008 O ateliê Risco, de Manuel Salgado e Jorge Estriga, foi o… Continue reading Risco projecta pavilhão multiusos do Funchal
Ana Rita Sevilha
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O ateliê de arquitectura Risco, de Manuel Salgado e Jorge Estriga, foi o vencedor do concurso para a elaboração do pavilhão multiusos do Funchal, uma obra com um valor global de 35,5 milhõesde euros. O prazo previsto para a conclusão da obra é 2008
O ateliê Risco, de Manuel Salgado e Jorge Estriga, foi o vencedor do concurso lançado pela Sociedade Metropolitana de Desenvolvimento, para a elaboração do pavilhão multiusos do Funchal. Lançado a concurso com o valor de 35,5 milhões de euros, o projecto vencedor tem uma área de construção de 50 mil metros quadrados e caracteriza-se por «uma intervenção urbana onde, para além do edifÃÂcio, houve a preocupação de melhorar a rede viária» envolvente, explica o documento da proposta. Inserido num lote de forma rectangular, limitado por três vias, sendo que uma delas está àcota 200, implantado num vale com um «acentuado declive» de cerca de 20 metros, e aliado ao facto de existirem edifÃÂcios construÃÂdos ao longo da estrada da Madalena, que criam um sistema de vistas sobre a área de intervenção, estas constituÃÂram «as principais referências e condicionantes para o desenho da solução apresentada», refere o mesmo documento.
Equilibrar edifÃÂcio e espaço aberto
O projecto visa equilibrar espaço edificado e espaço aberto, equacionando os dados referidos anteriormente. O vale em confronto com as dimensões necessárias a um edifÃÂcio com estas caracterÃÂsticas, «não deixa muito espaço envolvente» necessário aos fluxos de público e às operações de montagem e desmontagem de eventos, refere a memória descritiva, portanto, foi realizado um «trabalho de compactação do volume do edifÃÂcio», de forma a chegar a uma solução que articula a organização interior com a envolvente de declive acentuado. De forma a chegar a esta solução, a concepção do edifÃÂcio baseou-se na articulação de três temas, são eles a inserção urbana, a organização do programa e a flexibilidade do uso, explica o arquitecto na memória descritiva do projecto. A inserção urbana, devido àtopografia existente; a organização do programa, porque exige uma área de nÃÂvel de tamanho considerável; e a flexibilidade de uso, porque um equipamento com estas caracterÃÂsticas pressupõe que o mesmo consiga albergar eventos de âmbitos diferentes.
A preocupação do arquitecto pelo futuro impacto volumétrico do edifÃÂcio levou a que a cobertura fosse «um elemento determinante», funcionando como uma quinta fachada uma vez que se funde com os alçados laterais através da utilização de um mesmo material metálico que «unifica o complexo». A cobertura contempla um vão, para o qual foi realizado «um controlo rigoroso para evitar a insolação directa», que permite «assegurar o máximo de vistas da galeria principal» para o exterior.
Organização do espaço
O edifÃÂcio, parcialmente enterrado, é constituÃÂdo por um estacionamento público, preparado para funcionar de uma forma autónoma do edifÃÂcio do pavilhão, duas salas multiusos, uma principal e outra auxiliar que se podem fundir numa só, e um espaço destinado a sala de estar e que poderá funcionar como restaurante, sendo este também autónomo. A sala principal do pavilhão encontra-se envolvida por galerias de circulação, onde se encontram os apoios de público, e está separada da sala auxiliar por um vão de 35 metros que permite através de painéis amovÃÂveis, ligar as duas salas e transformar o espaço numa sala única, para feiras e exposições. A sala auxiliar, foi projectada de forma a ser mais vocacionada para eventos desportivos, sendo composta por uma bancada rectráctil com uma capacidade de cerca de 500 lugares. Ambas as salas irão conter uma espécie de grelha técnica na cobertura para suspender equipamento. De maneira a assegurar a separação de circuitos e os acessos a cada um dos intervenientes, público, organização e media, o arquitecto optou por criar espaços com acessos autónomos independentemente dos lugares destinados a cada um dos intervenientes referidos anteriormente. No que diz respeito àorganização do espaço, as ruas envolventes levaram a que os acessos ao equipamento se situassem na intercepção dos mesmos com as vias envolventes, criando entradas directas e plataformas exteriores de acesso. A empreitada de construção foi recentemente lançada a concurso, sendo o ano de 2008 o previsto para a conclusão da obra, revelou fonte da Sociedade Metropolitana de Desenvolvimento, dono da obra, ao Construir.