Capinha Lopes desenha em São João da Madeira
Até ao final do corrente ano, ficará concluÃÂdo no concelho de São João da Madeira uma unidade hoteleira projectada pelo ateliê Capinha Lopes & Associados e orçada em cerca de seis milhões de euros. A unidade visa proporcionar aos seus utilizadores «novas propostas de vivência do espaço» O ateliê Capinha Lopes & Associados é o… Continue reading Capinha Lopes desenha em São João da Madeira
Ana Rita Sevilha
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Até ao final do corrente ano, ficará concluÃÂdo no concelho de São João da Madeira uma unidade hoteleira projectada pelo ateliê Capinha Lopes & Associados e orçada em cerca de seis milhões de euros. A unidade visa proporcionar aos seus utilizadores «novas propostas de vivência do espaço»
O ateliê Capinha Lopes & Associados é o responsável pela nova unidade hoteleira a nascer no concelho de São João da Madeira, e que implicará um investimento de cerca de seis milhões de euros, realizado pela Socenta, Construções Imobiliárias. Segundo a memória descritiva da proposta, o projecto partiu do pressuposto de que a unidade hoteleira seria classificada de quatro estrelas e que tinha como objectivo «oferecer um abrangente leque de ofertas». O lote onde irá ser implantado o hotel é de gaveto e morfologicamente apresenta uma inclinação que corresponde a cerca de quatro metros. Com uma área total 2260 metros quadrados, é proposta uma área de implantação de 1364 metros quadrados e uma área total de construção de cerca de 12865 metros quadrados, sendo 8277 metros quadrados acima do solo e 4408 metros quadrados abaixo do solo. Em termos de volumetria, o documento da proposta refere que esta «resulta da dimensão do programa», revelando contudo que «procurou-se desmaterializar e decompor a volumetria global num conjunto de volumes menores, associados entre si de modo a formarem um todo coerente». O conjunto apresenta assim um vazio interior, que por sua vez é perceptÃÂvel do exterior, e que funciona como um átrio que «estabelece relações com o espaço urbano que envolve o edifÃÂcio e criando uma situação de fusão de escalas» entre o interior e o exterior. Em termos estruturais, a proposta assenta na utilização do betão armado através de um sistema de pilar, viga e lajes aligeiradas e maciças. Segundo o documento da proposta a imagem exterior do Santa Marta Park Hotel será «marcada pela presença do granito, da madeira e de painéis envidraçados, que se conjugam para um resultado de grande contemporaneidade». Os acabamentos das paredes interiores das zonas públicas serão em alvenaria de tijolo, rebocada, estucada e pintada, e as das zonas de serviço serão revestidas a azulejo. A materialidade utilizada nos pavimentos difere consoante a distribuição espacial e consoante seja zona de público, zona privada ou zona de serviço, sendo as de acesso público e privado revestidas a alcatifa, madeira ou cantaria, e as de serviço revestidas a cerâmica com caracterÃÂsticas anti-derrapantes.
A funcionalidade do espaço
A proposta assenta, segundo a memória descritiva, «em novas propostas de vivência do espaço», partindo do pressuposto de serem criadas condições para que a unidade hoteleira possa ser alvo de múltiplas utilizações, procurando desta forma «satisfazer as necessidades legislativas e económicas». De acordo com o documento da proposta, a Socenta, sociedade promotora desta unidade, procurava responder através deste projecto às exigências do mercado «apresentando alternativas de grande qualidade, num sector em expansão». O projecto contempla assim nove pisos, sendo sete acima do solo e dois abaixo do mesmo, perfazendo uma capacidade de 113 quartos duplos e seis suÃÂtes a que correspondem 238 camas. A comunicação entre os diferentes pisos é feita através de uma coluna principal que é composta por escadas e elevadores panorâmicos, estes últimos prevendo a sua utilização por pessoas deficientes. As diferentes zonas, públicas, privadas e de serviço, estão distribuÃÂdas por diferentes pisos, estando as zonas públicas nos pisos 0, 1, 2 e 3, as zonas privadas que compreendem os quartos nos pisos 2, 3, 4, 5, 6 e 7, e as zonas de serviço localizadas parte no piso 0, piso –1 e –2. A entrada principal dá acesso ao átrio do hotel, o qual é caracterizado por ser «expandido verticalmente através de um grande vazio central», e em torno do qual se organizam os diferentes espaços da unidade hoteleira. Este vazio vertical terá uma altura que poderá atingir os 20 metros de altura, e que culmina numa clarabóia que visa «tirar partido de uma cénica iluminação natural». No piso do átrio, correspondente ao piso 0, situa-se o piso inferior do restaurante, que se desenvolve em dois pisos com uma área total de 217 metros quadrados, bem como a cozinha, uma sala de estar, uma loja, uma sala de reuniões, instalações sanitárias para público, preparadas para serem utilizadas por deficientes, e o piso inferior do health-club , também este desenvolvido em dois pisos. Ao nÃÂvel do piso 1, desenvolve-se a continuação das zonas existentes no piso inferior, nomeadamente, o piso superior do restaurante e do health-club, uma sala de reuniões e uma sala de estar, todas elas mais uma vez organizadas em torno do átrio central. No piso 2, para além de mais duas salas de reuniões, começam-se a desenvolver os quartos, 19 no total, estando as circulações neste piso organizadas de forma a estarem voltadas para o átrio e a usufruÃÂrem «do grande impacto visual deste vazio interior». Ao nÃÂvel do piso 3, o projecto contempla para além de 22 quartos, a existência de um bar panorâmico com vista sobre o parque da cidade, e nos pisos 4, 5, 6 e 7 localizam-se os restantes quartos. Os pisos existentes abaixo do solo, -1 e –2 , contemplam as áreas de apoio bem como o estacionamento, num total de 72 lugares. Esta unidade hoteleira projectada pelo gabinete Capinha Lopes & Associados teve na sua elaboração a preocupação de «tanto o hotel como os equipamentos de apoios estarem preparados para que os deficientes motores não encontrem barreiras arquitectónicas» no usufruto das instalações. Assim, a unidade está equipada com «acessos, instalações sanitárias e quartos» para deficientes.