Câmara do Porto acusa Agência do Ambiente de “travar” nova travessia no Douro
De acordo com Rui Moreira, os estudos relativos ao projecto, que o próprio apresentou há cerca de um ano com o presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, indicavam a quota correta da nova ponte, “mas agora os técnicos da APA entendem que ali a água pode chegar muito mais alto”

CONSTRUIR
Vendas de alojamentos com crescimento “expressivo”
Ordem dos Arquitectos promove debate com candidatos à Assembleia da República
Plano Director Municipal de Setúbal alterado para “se adaptar a outros planos”
Torel Boutiques anuncia três novas unidades em 2025
Governo lança 95 concursos do PT2030 e assina 800 contratos PRR em Abril e Maio
Metro do Porto destina mais 50M€ à construção da Linha Rubi
Barreiro anuncia investimento de 1,3 M€ para requalificar Torralta; onde quer ver nascer um hotel
InnoWave investe 1M€ na estratégia de inteligência artificial generativa
Gebalis apresenta execução orçamental acima de 99% pelo terceiro ano consecutivo
Imovirtual estabelece parcerias com Photobooking e CASAFARI
A Agência Portuguesa do Ambiente “mudou de ideias ou enganou-se” e está agora a travar dois projectos anunciados nos últimos dois anos: a nova Ponte D. António Francisco dos Santos sobre o Rio Douro e o projecto de requalificação de uma zona da Avenida da Boavista que visa desentubar um troço da Ribeira de Aldoar.
A justificação foi apresentada à Assembleia Municipal pelo presidente da Câmara, Rui Moreira, na reunião em que prestou aos deputados municipais a informação regular acerca da actividade do Município, bem como da situação financeira.
A propósito da intervenção do deputado socialista Alfredo Fontinha, que interrogou sobre “duas obras que estão no papel”, Rui Moreira explicou que ambas estão a ser atrasadas devido a entendimentos novos surgidos por parte dos técnicos da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
Num dos casos, que levaria à requalificação de parte da faixa central da Avenida da Boavista, entre a Fonte da Moura e o Parque da Cidade, e permitiria não só desentubar a Ribeira de Aldoar – com efeitos positivos em termos ambientais e paisagísticos – mas também mitigar riscos de inundação, o presidente da Câmara recordou que o projecto da autoria de Rui Mealha foi alvo de candidatura ao POSEUR (Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos) e mereceu elogios, tanto da APA como do ministro do Ambiente, Matos Fernandes. Porém, quando estava pronto, “a APA mudou de ideias ou enganou-se e disse que não pode ser”.
A autarquia tratou então de encontrar solução e retomou o antigo projecto que os arquitectos Souto de Moura e Siza Vieira riscaram em 2003, quando se apontava para a criação de uma linha do Metro pela Boavista. Deverá ser esse a avançar agora, sem necessidade de lançar um novo, conforme sublinhou Rui Moreira.
O autarca prosseguiu também em tom crítico face às mudanças de opinião dos técnicos daquela agência, frisando que a APA está a atrasar igualmente o projecto da nova ponte que ligará Porto e Gaia. De acordo com Rui Moreira, os estudos relativos ao projecto, que o próprio apresentou há cerca de um ano com o presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, indicavam a quota correta da nova ponte, “mas agora os técnicos da APA entendem que ali a água pode chegar muito mais alto e querem obrigar a ponte a subir”.