Futura configuração do Bolhão foi revelada
A organização consta do projecto base de arquitectura, elaborado pela Direcção Regional de Cultura do Norte

Lusa
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Restaurantes e bares no piso 1, talhos num intermédio e produtos frescos no zero, adaptado para receber exposições e espectáculos, além de estacionamento subterrâneo para 95 lugares – será esta a futura configuração do Mercado do Bolhão, no Porto, hoje revelada.
A organização consta do projecto base de arquitectura, elaborado pela Direcção Regional de Cultura do Norte (DRC-N) e apresentado hoje no Congresso Património 2010, que decorre na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).
No piso zero, com entrada directa pela rua Formosa, deverão ficar os produtos frescos, sendo as construções actuais “reordenadas”, para permitir a realização de concertos ou exposições, revelou João Carlos Santos, da DRC-N.
Num piso intermédio, a meio das escadas da entrada pela rua Fernandes Tomás, ficarão os talhos.
O piso 1, na zona das actuais lojas, será dedicado à restauração, estando prevista a “instalação de mezzanines” nestes espaços, que dispõem de “pés direitos muito altos”.
Haverá também bares neste andar, que “poderá funcionar com um horário mais alargado e autónomo”, disse o responsável.
Por definir, parece estar a ligação subterrânea do mercado ao parque de estacionamento do quarteirão da Casa Forte, junto à praça D. João I, que a Câmara do Porto pediu para ser estudada.
A DRC-N admite a sua viabilidade, mas não a dá como certa: “É uma hipótese em aberto. Não é, de todo, inviável, mas existe o atravessamento do rio de Cimo de Vila, que causa alguma perturbação”, alertou João Carlos Santos.
O responsável explicou que a construção de uma cave de apoio aos serviços do mercado levou os serviços a pensar na introdução de uma “segunda cave” com capacidade para 95 lugares de estacionamento e entrada pela rua Alexandre Braga.
“Já que íamos introduzir uma primeira cave, pensámos: Porque não fazer uma segunda cave e abandonar a ligação ao parque?”, observou.
Em declarações aos jornalistas, à margem do congresso, a Directora Regional de Cultura, Paula Silva, afirmou que “está tudo em aberto”.
Sublinhando que o estacionamento é uma vertente importante do projecto, porque “é a contrapartida para o Mercado competir com as grandes superfícies”, Paula Silva lembrou que a autarquia é a dona da obra.
O projecto prevê, ainda, a ligação à estação de metro do Bolhão e a cobertura do mercado com uma estrutura envidraçada, explicou João Carlos Santos, garantindo que as condições estruturais do edifício permitem a execução da cobertura de 250 toneladas.
O passadiço existente a meio do mercado “pode ser demolido, caso se pretenda”, já que apresenta “deformações apreciáveis” – o projecto aponta para a criação de uma “estrutura em aço com uma expressão leve”, acrescenta.
A introdução de elevadores e o “alargamento da rua Sá da Bandeira junto à fachada do mercado” são outros dos aspetos previstos.
Entretanto, António Arêde, da FEUP, revelou que o sector sul do Mercado, que apresenta pior estado de conservação, começou a ser monitorizado no dia 1 de Abril pela FEUP, numa operação que se prolongará durante e após as obras, que devem começar em 2011.
O prazo para a apresentação de propostas para os projectos de especialidades já foi aberto e termina no Sábado, devendo o vencedor ser anunciado até Junho, revelou o vereador do Urbanismo da autarquia, numa Assembleia Municipal no início de Março.